Onde está, ó morte, a tua vitória?

A Primeira Carta aos Coríntios é um dos livros mais maravilhosos da Bíblia e um dos textos mais poderosos que já li. É nela que encontro a melhor definição do que deve ser a pregação do evangelho, a melhor descrição figurada do que é a igreja, a melhor discussão sobre a liberdade cristã e o maior de todas os poemas já escritos sobre o amor. Mas, para mim, o que lhe confere mais poder é o seu grande capítulo sobre a Ressurreição, no qual encontramos a pergunta acima, que somente pode ser proferida por aqueles que já receberam o Cristo ressurreto e vivem em união com ele, e por isto têm certeza de que a morte não tem poder sobre eles. Onde está, ó morte, a tua vitória? (1Co.15.55).
 
Onde está, ó morte, o teu poder de interromper a vida, encurtar os sonhos de um futuro risonho, abortar planos de realização pessoal, cortar laços de união? Pois Jesus nos garante: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, jamais morrerá.” (Jo.11.25,26). E diz também: “Eu sou o que vive; fui morto, mas agora estou aqui, vivo para todo o sempre e tenho as chaves da morte e do inferno.” (Ap.1.18).


Onde está, ó morte, o teu poder de transformar corpos em cinzas, fazer o pó voltar ao pó, aniquilar um organismo antes cheio de vida, lançar aos vermes aquilo que há pouco era cheio de vigor? Pois o apóstolo nos diz que um dia aquilo que perece se tornará imperecível e aquilo que é mortal se tornará imortal, e quando isto acontecer se cumprirá a promessa de Deus, que diz: “A morte foi engolida pela vitória” (1Co.15.52-54).

Onde está, ó morte, o teu poder de impingir dor e sofrimento, lágrimas e saudade? Onde está o teu poder de arrancar a alegria e plantar a tristeza nos corações? O teu poder de separar vidas e destruir a felicidade? Os que habitam com Deus já provaram que “Ele lhes enxugará dos olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram.” (Ap.22.4).

A morte foi derrotada por aquele que “com poder foi declarado Filho de Deus segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dentre os mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Rm.1.4). “Deus o ressuscitou, quebrando as algemas da morte, pois não era possível que fosse detido por ela.” (At.2.24).

“Graças a Deus que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1Co.15.57)

Pr. Sylvio Macri
Pastor da IB Central de Oswaldo Cruz-RJ