Pastores

Pastores, quem são eles? São homens comuns chamados por Deus para um trabalho extraordinário. Eles têm consciência de que a vocação é santa, não segundo as suas obras, mas segundo o propósito de Deus em Cristo Jesus (2 Tm 1.8,9). Pastores são homens de Deus, que fazem a obra de Deus com o sustento de Deus. Eles são amorosos, mansos e humildes à semelhança de Jesus (Mt 11.29). São sensíveis às mazelas alheias. Homens cujos corações são voltados para Deus. Eles têm prazer em Deus. Não pensam em si mesmos, mas nas pessoas necessitadas. Eles têm deleite em orar. São tomados pelo prazer em servir, imitando o Senhor Jesus (Mt 20.28). Pastores estão em extinção. São raros hoje.

Os pastores têm compromisso com a missão deixada pelo Senhor Jesus (Mt 28.18-20). São discípulos do Senhor Jesus. Amam mais a Cristo e o Seu ministério do que as suas próprias vidas (At 20.24). Pastores são voltados para pessoas e não para coisas. Eles não têm ganancia. São despidos de aspirações materiais. São desprendidos das coisas dessa terra.
Não acumulam bens, mas são um bem para os outros a começar de sua família. Não entram em demanda por melhores prebendas, mas descansam no cuidado de Deus. Sabem que a vocação não é vacação. Ministério é um chamado de Deus seríssimo. Deve ser exercido segundo o caráter de Cristo Jesus, Supremo Pastor.


Pastores são intrépidos e ousados. São serviçais. Simpáticos. Empáticos. Verdadeiros. São homens com a fé de Abraão, a persistência de Jacó, a sabedoria de José, a coragem de Davi, a intrepidez e ousadia de Elias; a pureza de Daniel; a sensibilidade de Jeremias, o amor de João, a integridade de João Batista, a liberalidade de Barnabé, o espírito evangelístico-missionário de Paulo e a piedade de Timóteo. Mas também são homens falhos, com muitas limitações e sujeitos às mesmas paixões que o profeta Elias (Tg 5.17). Homens com um apurado espirito autocrítico. Admitem os seus erros e os confessa com humildade.

Pastores não disputam. Não entram em confusão. Não prejudicam os companheiros de jugo ministerial. Não entram em intrigas e nem em politicagem denominacional. Não são aproveitadores. São facilitadores. Promotores de paz e harmonia em Cristo. Aproveitam as oportunidades para testemunharem a sua fé cristã. Eles são firmes na doutrina dos apóstolos. Têm prazer na comunhão dos santos. Eles repartem o coração, o pão e o espaço. Pastores são misericordiosos. Não são egoístas, mas pródigos em ofertar, em investir em pessoas. Não se envergonham do evangelho de Cristo, que é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê  (Rm 1.16).

Como são felizes os pastores! Homens de oração, da Palavra e de palavra. Pregam as Escrituras, são expositores apaixonados pela Palavra e, com entusiasmo, na dependência do Espírito Santo, trazem a mensagem de Deus ao povo. Os pastores são educadores prazerosos. São polivalentes. O seu amor ao Senhor está acima de tudo e de todos. Primariamente, servem ao povo por amor ao Senhor. Eles não desejam honra para si mesmos, mas para o Senhor que os chamou com uma santa vocação.

Pastores são cuidadosos. Medem suas palavras. São sinceros, autênticos. São prontos para ouvirem, tardios para falarem e tardios para se irarem (Tg 1.19). Geralmente são polidos e promotores de relacionamentos saudáveis. Pastores são pais amorosos. São amigos leais e mentores de confiança. A exortação na Palavra é uma de suas práticas mais produtivas. Os pastores conhecem os seus limites. Eles cuidam amorosamente da família. Este é o seu primeiro ministério. É a vitrine do ministério que o Pai lhe conferiu.

Pastores não são legalistas, mas graciosos. Não são nervosos, mas calmos, serenos. São chamados de moderadores, pois têm a Cristo como o seu ponto de equilíbrio. Não são arrogantes, mas humildes. Eles são visitadores. Acompanham as ovelhas de Cristo. Eles as alimentam com zelo. Os pastores geralmente são visitadores. Acompanham os passos das ovelhas de Jesus. Eles são auxiliares do Pastor Supremo (1 Pe 5.1-4).

Pastores são considerados ministros (remadores de terceira categoria) de Deus e despenseiros dos mistérios de Deus. Portanto, eles devem ser achados fiéis (1 Co 4.1,2). Eles não sentem vergonha da vocação, mas profunda honra de serem chamados para um trabalho sublime. A sua herança não são bens, mas o próprio Senhor. O seu tesouro é o Senhor que os criou, salvou e chamou por graça e misericórdia. Sejamos, pois, pastores segundo o coração de Deus e apascentemos o Seu povo com ciência e com inteligência para o louvor da Sua Glória (Jr 3.15).

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Pastor da Segunda Igreja Batista em Barra Mansa – RJ