Propósitos para o próximo Ano

Como Igreja, quais são os nossos propósitos para o próximo ano? Esta é uma pergunta que deve calar em nossos corações a partir de um ‘descontentamento santo’. A partir de uma insatisfação em relação ao nosso próprio desempenho como cristãos e membros da igreja. Vivemos pela fé para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas (Ef 2.8-10). Vejamos alguns propósitos para o ano que se aproxima.

Primeiro, Deus quer que oremos muito mais (Dn 6.10; Ef 6.18; 1 Tes 5.17). Sigamos os exemplos de Daniel que orava três vezes ao dia e de Paulo que nos ensinou a orarmos em todo o tempo e sem cessar. Deus se agrada ao ver um coração quebrantado e contrito em oração (Sl 51.17). A oração deve ser feita com fé, pois sem esta é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Orar é uma atitude de amor. Orar é um ato de obediência.
Orar é conversar com Deus na mediação de Jesus Cristo. Orar é lutar contra as hostes espirituais do mal nas regiões celestes. Orar é quebrar barreiras colocadas pelo inimigo das nossas almas. A oração sincera glorifica a Deus.

Segundo, o Senhor deseja que meditemos diariamente em Sua Palavra (Js 1.8,9; Sl 1.3; João 5.39). A Palavra de Deus é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sl 119.105). Devemos amar as Escrituras e assim lê-las com profunda meditação, com um espírito piedoso e submisso ao Espírito. A Palavra de Deus é martelo que esmiúça a pedra. Ela é a bússola que indica direção segura. É alimento para o nosso espírito. Ela é viva e eficaz e é usada pelo Senhor para discernir pensamentos e intenções do coração (Hb 4.12). O Senhor ordenou a Josué meditar na Sua Palavra dia e noite. O salmista Davi fez uma belíssima aplicação da Palavra utilizando a árvore junto a ribeiros de águas e o consequente fruto na estação própria. Jesus nos ordenou a examinar as Escrituras como fonte de vida eterna e fiéis testemunhas dele.

Terceiro, vivendo o culto doméstico, o culto no lar (Js 1.1-9). Josué era um homem comprometido com Deus, com a sua família e com a missão dada por Deus. Ele tinha um compromisso de ler as Escrituras em seu lar. Isto era fundamental para ele. A Bíblia deve ocupar um lugar central em nossos lares. Infelizmente pessoas e coisas têm tomado o seu lugar. A Escritura deve ser o manual de vida da família. Esta deve se reunir ao redor da Bíblia. Nesta Palavra há orientações muito seguras. A Palavra de Deus é fundamental para a espiritualidade doméstica e para a sua maturidade.

Quarto, testemunhando a nossa fé em Cristo (At 1.8). Os nascidos de novo têm prazer de testemunhar de Cristo Jesus em todo o tempo, aproveitando cada oportunidade (Ef 5.16). Como Pedro e João, não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido (At 4.19,20). Temos um compromisso com a pregação do evangelho dentro e fora do nosso país. Paulo disse: Ai de mim se não anunciar o evangelho (1 Co 9.16).

Quinto, vivendo a fidelidade na entrega dos dízimos e das ofertas gerais (Ml 3.10; 2 Co 9.6,7). Como é bom, aliás, muito bom mesmo, podermos devolver ao Senhor o que lhe pertence. Como é precioso e inspirador exercermos a nossa fidelidade ao Senhor. Ele se agrada quando somos fiéis! Quando obedecemos às Suas ordens. Ele ama quem dá com alegria. Contribuímos para a expansão do Reino por duas razões: amor ao Senhor e ao próximo (Mt 22.34-40).

Sexto, semeando o amor entre os irmãos, vivendo a comunhão do Espírito Santo pelo vinculo da paz (Ef 4.1,2). Fomos chamados à comunhão dos santos. Jesus morreu para que fossemos UM. Na Sua oração sacerdotal, Ele deixou isso muito claro (João 17.20-24). Um exército dividido não ganha a batalha. Somos o Corpo Vivo de Cristo e membros uns dos outros (1 Co 12.12-27). Devemos sentir e pensar a mesma coisa (Fil 2.1,2). Andarmos na mesma direção celebrando a Pessoa de Cristo.

Sétimo, tendo zelo pela obra de Deus. Jesus tinha zelo pela Casa do Pai (Sl 69.9; João 2.17).  A Casa de Deus é chamada Casa de Oração. Tudo deve ser feito com zelo, capricho, excelência para que o nome dele seja glorificado. Não podemos tratar as coisas de Deus de qualquer maneira. O bom é inimigo do ótimo. Para o Senhor tem que ser o melhor, ótimo. Não podemos deixar desarrumado o santuário onde, como Corpo de Cristo, adoramos o Pai. Tudo precisa ser do melhor. As pessoas de fora precisam ver como nos amamos e amamos a obra de Deus!

A igreja de Cristo tem esses propósitos em sua peregrinação aqui. Ela é formada de cristãos comprometidos com Cristo e que têm consciência de sua utilidade no Reino de Deus. Que o nosso viver como igreja seja um referencial da vida de Cristo. Que os nossos propósitos sejam esses para a nossa edificação como igreja, a salvação dos perdidos e a gloria de Deus!

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob