No Evangelho de João, o historiador precisa da poesia para transmitir o sentimento presente no coração do Deus que se fez homem:
"Sabendo Jesus que havia chegado o tempo, em que deixaria este mundo e iria para o Pai,
tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim".
Toda a doação, vista até aquele momento, se explicava por este amor sem limites.
Toda a doação, a ser vista nos dias próximos, deixaria ainda mais eloquente a perfeição deste amor absoluto porque sem reservas.
Só podemos imaginar, sem esgotar, o que é amar até o fim.
1. Amar até o fim é amar até o fim das forças. Jesus, mesmo na angústia do sofrimento, olhou com ternura para os que estavam ao pé da cruz, ao ponto de se preocupar com sua mãe, que ali estava preocupada com ele: "João, cuide dela para mim".
"Sabendo Jesus que havia chegado o tempo, em que deixaria este mundo e iria para o Pai,
tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim".
Toda a doação, vista até aquele momento, se explicava por este amor sem limites.
Toda a doação, a ser vista nos dias próximos, deixaria ainda mais eloquente a perfeição deste amor absoluto porque sem reservas.
Só podemos imaginar, sem esgotar, o que é amar até o fim.
1. Amar até o fim é amar até o fim das forças. Jesus, mesmo na angústia do sofrimento, olhou com ternura para os que estavam ao pé da cruz, ao ponto de se preocupar com sua mãe, que ali estava preocupada com ele: "João, cuide dela para mim".
2. Amar até o fim é, perto do fim, instruir os seus discípulosdiscipulos sobre o que lhes aconteceria e deixar a promessa (cumprida!) de que os capacitaria com a sua presença por meio do Espírito Santo para seguirem com suas vidas e levarem adiante o projeto que viveram juntos durante poucos mas intensos/anos.
3. Amar até o fim é, sendo Deus, tirar a túnica externa, enrolar-se numa toalha e lavar os pés dos discípulos, como Jesus fez, como se fosse um escravo que se vestia assim para lavar os pés dos seus senhores.
4. Amar até o fim é amar de um modo que as pessoas não compreendem. É aceitar que um criminoso possa se arrepender, embora o senso comum grite que um criminoso não tem o direito de se arrepender. É colocar-se no último lugar da fila, sem ser visto, conquanto as pessoas em geral briguem por brilho, reconhecimento e aplauso.
Jesus levou seu amor até às últimas consequências.
Amou os seus. Os seus que o amaram. Os seus que não o amaram.
Nós.
Jesus nos ama até o fim.
Todo o Evangelho é isto.
Evangelho é o firmamento celeste para o qual olhamos e está sempre ali. Nossos gestos, nossas heranças, nossas adversidades são nuvens no firmamento. Elas passam, o firmamento fica.
Evangelho é o ar que respiramos; embora invisível, circula fora e dentro de nós. Nossas interpretações podem corromper o Evangelho, mas sempre que lemos o registro dele nos evangelhos o ar volta a ser puro.
Evangelho é o grito que precisa ser dado para que acordemos. É tão evidente que somos amados por Deus, mas os ataques que nos desferem e os terremotos emocionais que nos abalam exigem que Jesus eleve a sua voz, embora não seja o seu padrão, para que ouçamos.
Se a verdade do amor de Jesus até o fim nos convida a amar como Jesus amou, ela também nos conforma com a certeza que nada que façamos ou pensemos fará com que Jesus pare de nos amar.
Mesmo que fracassemos, seu amor por nós não fracassa. Permanece até o fim.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO