Por que razão devemos amar?

Esta é uma pergunta muito lógica. O texto é muito claro quanto ao fato de que Deus nos amou primeiro, v.19. Não fomos nós que buscamos a Deus, mas foi Ele que nos buscou em amor e graça, 2 Coríntios 5.18-20. Deus é amor. É a Sua natureza, v.8. Devemos nos amar mutuamente porque o amor é de Deus e é vivido por aqueles que nasceram de novo e conhecem a Deus, vv.7,8.

A prova maior do amor de Deus está no sacrifício de Seu Filho pelos nossos pecados, vv.9,10; João 3.16; Romanos 5.8. Com a intensidade do amor de Deus, devemos amar e perdoar uns aos outros, v.11.  Nós não vimos a Deus, mas Ele está em, por, sobre e entre nós à medida em que nos amamos, pois é perfeito o seu amor, v.12. Conhecemos que Ele está em nós porque nos deu o Seu Espírito, v.13. Um dos gomos do fruto do Espírito é o amor, Gálatas 5.22,23.


Vimos e testificamos que o Pai enviou Seu Filho para Salvador do mundo. Quando confessamos (concordamos com a declaração de outrem, prometemos, professamos, declaramos publicamente; “dizemos claramente”, não negamos, declaramos) a Jesus Cristo como Filho de Deus, Deus está em nós e nós NELE, vv.14,15. Temos a convicção do amor que Deus nos tem. Este amor nos move dia após dia na direção do próximo. Deus é amor e quem está no amor está em Deus e Deus nele, v.16. No amor, estamos amalgamados com Deus, nosso Pai de infinito e incomparável amor.  O amor de Deus é perfeito para conosco, para que no Dia do Juízo tenhamos confiança; porque qual Ele é, somos nós também neste mundo, v.17.

No verdadeiro amor não há medo, temor ou fobia, mas este sentimento traz consigo a pena, a punição. Por isso, o que teme não é perfeito (adulto, maduro, desenvolvido) em amor, v.18. Como diz Tozer, “o amor é o principio da boa vontade. Os anjos cantaram: “Boa vontade para com os homens, Lucas 2.14. O amor sempre deseja o bem do seu objeto e nunca deseja nenhum mal a ele […]. Todo o verdadeiro amor desaparece, quando sabemos que Deus nos ama porque o temor surge quando estamos nas mãos de alguém que não deseja o nosso bem […]. Quando a mãe não está por perto, o medo enche o coração da criança, mas o rosto gentil, sorridente e alegre de mãe expulsa o medo”, trazendo segurança.

O amor de e a Deus não tem coerência com o mal relacionamento, com o ódio, inimizades, ressentimentos e amarguras. Na verdade, a amargura adoece, mas o amar cura (Pastor Darci Dusilek). Se eu afirmo amar a Deus a quem não vi, como posso deixar de amar aquele que vejo, o meu próximo? (v.20). O mandamento é claro, lógico, racional: quem ama a Deus deve também amar o seu irmão, v.21; João 13.34,35.

Vale lembrar sempre que o verbo amar, o substantivo amor e o adjetivo amado, aparecem 27 vezes em 21 versículos em 1 João 4.7-21. Isto dá uma média de 1,28 ocorrências por versículo. O amor não é uma opção, mas uma ordem. Não é uma obrigação, mas um deleite. Como filhos de um Deus de amor, devemos andar sempre em amor (isto significa obediência), Efésios 5.1,2. Só quem conhece a Deus por meio de Cristo Jesus, Salvador e Senhor, no poder do Espírito Santo, ama verdadeiramente. Mais do que nunca, o que precisamos hoje é do amor que TUDO sofre, TUDO crê, TUDO espera e TUDO suporta; o amor que jamais acaba, de 1 Coríntios 13.4-8. Deus é amor. Logo, o amor de Deus é absoluto. Por que razão devemos amar? Porque Deus é amor.

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Fonte: www.adiberj.org