“O que ouviste de mim diante de muitas testemunhas, transmite a homens fiéis e aptos para também ensinar os outros” (2 Tm 2.2).
A exortação paulina é procedente. Para ele, o líder deve formar
outros líderes para que estes instruam outros e sempre com idoneidade.
Quanto mais líderes, usando os seus dons e talentos, mais a Igreja
cresce, se desenvolve de forma madura e extraordinária. Esta era a
realidade do Novo Testamento. O mesmo apóstolo declara: “E Ele
designou uns como apóstolos, outros como profetas, outros como
evangelistas e ainda outros como pastores e mestres, tendo em vista o
aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério e para a edificação
do Corpo de Cristo” (Ef 4.11,12).
A vontade do Senhor não é a
concentração na mão de um líder, mas a pulverização da liderança. A
Igreja exerce o ministério herdado do Senhor Jesus através de seus
líderes. O pastor é apenas o líder-servo, pronto a investir sua
vida na preparação e acompanhamento de outros líderes e estabelecendo um
diálogo enriquecedor.
O pastor não deve ser um delegado, que prende as ações que podem ser descentralizadas, mas um técnico que distribui as tarefas de acordo com as potencialidades.
Como ensina Erroll Hulse, “aos
pastores e mestres é dada a incumbência de prover o equipamento
necessário a todos os santos, para a obra de ministrar uns aos outros,
de forma a edificar o Corpo de Cristo”.O pastor não deve ser um delegado, que prende as ações que podem ser descentralizadas, mas um técnico que distribui as tarefas de acordo com as potencialidades.
A pluralidade ou multiplicidade de lideres permite a descentralização
do ministério. Cada líder treinado é potencialmente um formador de
outros líderes. Uma das marcas do líder é ser um discipulador
comprometido com a mensagem da cruz. Ele está, na verdade, alinhado com a
centralidade das Escrituras. Estas são o seu vade-mecum ou manual de instrução.
Aquele que exercer a liderança responsavelmente fatalmente se
reproduzirá em outros. Precisamos multiplicar líderes para dividir as
tarefas da Igreja. Expandir o número de lideranças capaz de impactar
fortemente o seu contexto. O verdadeiro líder não é aquele que diz:
“vão”, mas “vamos”. Deve haver sinergia e sintonia na relação líder-liderados.
A história da Igreja local deve ser estigmatizada pelo investimento
forte em treinamento de líderes. A vida da Igreja deve ser caracterizada
por uma liderança comprometida com a excelência na formação de homens e
mulheres capazes de trabalhar nos vários ministérios da Igreja.
A essência da liderança é a reprodução qualitativa. Esta é o DNA da
liderança autêntica. Líderes de qualidade produzirão uma liderança
comprometida com a excelência do organismo (comunhão, mobilização e
expressão) e da organização (levantamento de recursos, administração ou
gestão e aplicação no treinamento de pessoas). Não podemos nos esquecer
de que o líder deve ter caráter. A sua integridade impactará outros
líderes. Jesus é o nosso Modelo de integridade e comprometimento com a
qualidade dos seus liderados. Ele usava as palavras e ações efetivas.
A
Sua liderança se conhece até hoje. Aliás, Ele continuará exercendo a Sua
influência aqui pelo Espírito Santo até que Ele volte.
Então, a pluralidade de líderes promove o crescimento equilibrado e
substancial da Igreja de Cristo. Esses líderes devem viver de modo
íntegro, devem ser exemplos de amor, justiça, verdade, mansidão,
compaixão, pureza e solidariedade. Sabemos que a liderança do Mestre
sempre focou o caráter como instrumento de autoridade e expansão. O
verdadeiro líder se firma pelo exemplo de vida. Muito mais importante do
que conhecimento é o estilo de vida ilibado do líder. Ele deve ter um
temperamento controlado pelo Espírito Santo. Uma mente simples, a mente
de Cristo (1 Co 2.16), que produzirá atitudes e atos simples dentro e
fora do contexto eclesiástico.
Sejamos líderes multiplicadores. Invistamos nossas vidas, nosso
conhecimento, nossos recursos financeiros e nossas orações em outras
pessoas. Possamos repartir o coração ( o nosso sentimento) e a nossa
mente (o nosso conhecimento) na formação de líderes evangelistas,
líderes missionários, discipuladores ou mentores, administradores ou
gestores, encorajadores, levantadores de recursos, assistentes sociais
cristãos e facilitadores tendo em vista a obra de evangelização do
mundo, a edificação da Igreja e, acima de tudo, a glória do nosso
Grande Deus!
Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Pastor da Segunda Igreja Batista em Barra Mansa – RJ