O que é valorizar? É dar valor, atribuir preço. É fazer melhorias num
bem para que seja melhor avaliado no futuro. É também tratar com
respeito e consideração uma pessoa ou instituição. E é, ainda, atribuir
importância a uma ideia ou conceito. Enfim, temos aqui um verbo que se
presta a muitas aplicações em todas as áreas da vida.
Portanto, a expressão “Valorizando a nova geração”, tema da Convenção
Batista Brasileira para o ano de 2013, nos remete a uma série de
considerações. Por exemplo, nos faz pensar em como temos tratado essa
nova geração. Será que não temos negligenciado sua importância? Será que
não temos projetado suas oportunidades para um tempo distante, com
aquele velho jargão de que eles são “o futuro da igreja”? (Não gosto
desta expressão, pois a vejo como uma desculpa para protelar e impedir
que os mais novos assumam posições de liderança na igreja).
Frequentemente cobramos dos mais jovens fidelidade e compromisso, mas
não exercemos ações definidas para estimulá-los e treiná-los no
trabalho da igreja. Nossa comunicação com eles não funciona, não
gastamos tempo orando por eles e não reconhecemos quando eles acertam.
Às vezes nem lhes damos oportunidade, ou, quando damos, queremos que
façam do nosso jeito. Para valorizar alguma coisa ou alguma pessoa temos
primeiro que investir nela. Estamos fazendo isso?
Valorizar implica naturalmente em estabelecer uma hierarquia de
valores. Umas coisas valem mais e outras menos, umas ações são mais
importantes e outras menos importantes. Algumas pessoas vêm primeiro e
outras depois. Certas despesas são mais necessárias que outras. Isso
requer sabedoria e planejamento, por um lado, e decisões firmes e
claras, por outro lado. Sem uma hierarquia de valores bem definida
nenhuma pessoa, família, igreja ou instituição sobreviverá por muito
tempo.
O lugar da nova geração na igreja de Cristo precisa ser claramente
definido, seu valor precisa ser estabelecido e amplamente conhecido de
todos. Precisamos planejar e executar ações nesse sentido. Se não,
perderemos essa geração e a igreja perderá sua existência. Pois, no
futuro, quando não estivermos mais aqui, quem fará a obra em nosso
lugar? E como fará?
Portanto, vamos desde logo compartilhar com eles nossa sabedoria e
experiência e dividir a liderança com eles. Tenhamos o bom senso de sair
de cena para que eles assumam o papel principal.
Pr. Sylvio Macri
Pastor da IB Central de Oswaldo Cruz-RJ
Fonte: www.adiberj.org