Os terapeutas de família codificam as disfunções na família classificando-as quanto ao nível inadequado de interação familiar, se há um nível
baixo de coesão ou coesão excessiva, caso em que cada um vive sua vida,
ou se é asfixiado pelos outros, quanto à distribuição dos papéis e seu desempenho, quando alguém
faz o papel de "duplicata" do outro (filha copiando a mãe), o papel de
"eu ideal" (filho mais velho devendo alcançar o ideal a que o pai não
chegou), papel do ëu negativo", geralmente quando um membro da família é
um psicótico ou um parceiro fraco, o papel de aliado e outros tantos,
também.
Quanto à hierarquia e ordem do sistema familiar, ou não há normas na família ou são rígidas demais; ninguém decide na família ou decide inadequadamente.
São as tensões causadas pelas doenças. Não é fácil para uma família viver com um problema crônico de saúde. Se a igreja, porém, é vocacionada a servir, uma crise de saúde é excelente oportunidade para essa ministração, através do exercício do sacerdócio dos crentes, do ministério da intercessão, do dom de socorro (dado pelo Espírito Santo). Por isso é imprescindível avisar à igreja, ao pastor, os casos de enfermidades. Há quem se ofenda, melindre, e fique indignado porque ficou doente, foi hospitalizado, fez cirurgia e ninguém o visitou, o pastor não apareceu. Avise! AVISE!
Em Tiago 5.14 há duas ordens. Uma
para o Pastor: deve orar pelo enfermo, cobri-lo com a oração e a unção
do Senhor; outra para o doente: deve pedir a presença do pastor. O mundo
ensina que "ria e todos sorrirão com você; lamente-se e todos fugirão
de você". E ao contrário do que diz o provérbio popular: "Quem canta
seus males espanta", a atitude do mundo tem sido: "Quem canta seus
males, ESPANTA!" Com o cristão deve ser diferente: "compartilhe, conte
ao irmão; divida sua dor com a igreja". Chore. Está aflito? Ore. Romanos
12.15 ensina isso, "alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os
que choram" (cf. 1Co 12.26; Hb 12.12; Gl 6.2), e aí você será vencedor
sobre a crise e a dor.
PRONTO: A TRAGÉDIA CHEGOU
PRONTO: A TRAGÉDIA CHEGOU
Tensões causadas pela tragédia. Há um dia quando a fé dá de
frente com o desastre. Crises são comuns ao ser humano, e o resultado
tem sido ansiedade, pensamento desorganizado, sintomas físicos como
fadiga, náusea, sono, choque. Então, como é a construção de sua casa? Na
rocha firme? Na areia enganosa? Fiquei triste com o caso de uma jovem
de uma família cristã. Enfermou, e lhe foi garantida a cura por uma
pretensa "profetisa". A jovem faleceu, e a família abandonou a igeja.
Fiquei recompensado com o caso do Pr. Dermeval Justino, meu ex-aluno. Morte inesperada junto com o filhinho mais novo e a cunhada. Mas que força espiritual na esposa, nos parentes, que estão trabalhando para trazer os familiares do falecido obreiro (único crente da família com outro irmão) a Jesus.
São as tensões causadas pelas crises do amor (?!) Não há cabimento para ciúmes na vida do cristão, os quais se originam do medo de perder uma posse e do sentimento de ser incapaz. Ou a presença da insinceridade e da infidelidade.
O ENLUTADO
O luto é outra importante crise que afeta o cristão. Há crises
que não chegam a todos, mas não a da morte. Josué diz ao povo, "Eis que
vou hoje pelo caminho de toda a terra" (23. 14a), modo eufemístico de
dizer: "vou morrer hoje" (cf. 1Rs 2.2); na Carta aos Hebreus (9.27),
"aos homens está ordenado morrerem uma só vez".
Há, pelo menos, três modos de olhar a morte:
com desespero. Bildade a chamou de "rei dos terrores" ( Jó 18.14);
com falsa esperança, como no caso dos reencarnacionistas;
com absoluta confiança e esperança. É a reação de Jó: "Pois eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida esta minha pele, então fora da minha carne verei a Deus" (Jó 19.25,26).
Não devemos temer falar da morte. No Antigo Testamento, a morte biológica era uma certeza aterrorizante: "Certamente morreremos, e seremos como águas derramadas na terra, que não se podem ajuntar mais" (2Sm 14.14a) "A duração da nossa vida é de setenta anos... pois passa rapidamente, e nós voamos" (Sl 90.10). "Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento" (Ec 9.5)
Continua na próxima semana
Fonte: http://www.amofamilia.com.br