As prioridades da igreja

Isso mesmo. Foi o que constatou o Instituto Barna, numa pesquisa realizada com 614 pastores evangélicos, de várias denominações nos Estados Unidos.

Os pesquisadores perguntaram aos pastores quais seriam suas prioridades para 2005, a partir de uma lista de 12 diferentes ênfases ministeriais. O ranking de ênfases ministeriais ficou mais ou menos assim: Discipulado, evangelismo, pregação, visitação, aconselhamento, adoração, ministério com adolescentes, missões, ação social, ministério com crianças, ministério com famílias e oração.

Não resta dúvida que cada pastor tem a sua paixão por uma área do ministério. Para alguns pastores, o ministério se resume ao evangelismo. Outros em fazer missões. Então toda a igreja é desafiada a se envolver na ênfase ministerial que domina o coração do líder.


Creio, porém, que o grande desafio na vida de um pastor é saber equilibrar as várias ênfases ministeriais. Não podemos aceitar que é saudável uma igreja, por exemplo, ter na lista de prioridades, a oração em último lugar.

Nós que temos o ministério com famílias no coração nos entristecemos quando percebemos que essa ênfase ministerial está em penúltimo.

Quando a liderança pastoral perceber que a família pode servir de plataforma para a evangelização, missões, adoração, serviço e discipulado, tenho a certeza absoluta que a igreja, como um todo, sairá ganhando.

No Novo Testamento, se olharmos com atenção, nós podemos perceber que a evangelização e o crescimento da igreja tiveram a família como seu núcleo básico. Na área missionária, podemos nos reportar à família de Abraão que foi chamada para abençoar todas as famílias da terra. Se incentivarmos e trabalharmos com a família para que seja o núcleo central do discipulado, a EBD servirá de apoio somente. Deuteronômio 6, 4-9, é uma lembrança da responsabilidade que a família tem na questão da educação da fé. Se olharmos para o Novo Testamento, encontramos na família de Timóteo o exemplo positivo de quando Deuteronômio 6.4-9 é aplicado de forma correta, se torna uma grande bênção para a igreja. Se pensarmos em adoração a família também é chamada para prestar uma grande contribuição. Quando Deus é adorado no lar, de segunda a sábado, a adoração dominical passar a ser uma coroação dessa devoção. No serviço cristão, a família também exerce o papel principal. Na igreja primitiva encontramos o exemplo de Dorcas e de famílias inteiras exercendo a filantropia e abençoando outros através da ajuda ao próximo.

Quando procuramos dar uma ênfase à família, não estamos adotando uma proposta "familista", onde tudo se resume na família. Longe disso. O que queremos lembrar é que quando a família é chamada a desempenhar o seu papel, à luz da Bíblia, ela não faz apenas um papel de coadjuvante, como muitas vezes verificamos em muitas igrejas.

Ela, a família, junto com a própria igreja, são nas mãos de Deus poderosas instituições que realizarão os projetos divinos para a humanidade.


Por Pr. Gilson Bifano
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