O mundo atual e seus desafios ao Jovem Cristão

O planeta em que vivemos é um mundo de falácias, em que as pessoas não são aquilo que dizem ser. O desenvolvimento dos meios de comunicação criou ferramentas extremamente adequadas ao exercício da enganação. Mente-se ao vivo e em cores na TV e na internet, com recursos de edição maravilhosos. Fala-se em amar, mas quem escreve ou fala isso é um egocêntrico. Fala-se em justiça, mas quem escreve ou fala isso transgride as mínimas leis. É tudo muito bonito, mas soa falso.

Diante disso, é custoso ao jovem, e às vezes até mesmo temerário, praticar o ensino de Jesus: “Seja o vosso falar sim, sim; não, não; pois o que passa disso vem do Maligno.” (Mateus 5.37), mas não é possível transigir com isso; ou o jovem é, ou não é, não pode ter uma versão falsa ou alternativa.

O planeta em que vivemos é também um mundo em que os padrões morais foram violentamente rebaixados em nome da relatividade moral.
Chegamos ao ponto de parcelas minoritárias da sociedade, como os homossexuais, tentarem impor aos demais cidadãos leis que lhes permitam expor publicamente seus atos libidinosos, sua podridão. A traição, a deslealdade, o adultério, a promiscuidade sexual, o ódio, a inveja e tudo o que não presta passaram a ser a matéria prima das novelas de TV.



Diante disso, é realmente muito difícil para o jovem praticar ensino bíblico: “Ninguém te menospreze por seres jovem, mas procura ser exemplo para os fiéis na palavra, no comportamento, no amor, na fé, na pureza.” (1Timóteo 4.12), mas o Senhor não faz por menos; o que Paulo disse ao seu jovem discípulo continua válido e desafiando os nossos jovens ainda hoje.

O planeta em que vivemos é também um mundo em que a fé tornou-se um produto de marketing, uma atividade empresarial, um exercício de autorrealização com fim de tornar os crentes “prediletos do Senhor”, sem nenhum compromisso, mas com todos os privilégios inerentes, como sucesso pessoal, bem estar e prosperidade. As igrejas deixaram de ser rebanhos e tornaram-se manadas. O evangelho deixou de ser uma mensagem de redenção para ser uma estratégia de dominação, num cenário de “batalha espiritual”. As pessoas não têm mais que ser libertas de pecados como orgulho, ira, maledicência e lascívia, mas apenas de “maldições” diversas, passadas e presentes.

Diante disso, o jovem precisa “travar a boa batalha da fé, fugindo dessas coisas e seguindo a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância e a mansidão.” (1Timóteo 6.11,12), pois trata-se de uma verdadeira guerra para manter “como objetivo o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sem hipocrisia.” (1Timóteo 1.5).

Pr. Sylvio Macri
Pastor da IB Central de Oswaldo Cruz-RJ