O pai ideal

A figura do pai é importantíssima. Tanto que todas as pessoas que foram criadas sem a presença do pai têm aquilo que alguns chamam de “saudade do pai”. Por outro lado, aqueles cujo pai era (ou é) tirano – do tipo “carrasco” – têm sérios problemas de ressentimento com respeito à figura do pai.

Há vários tipos de pais. Existe o pai biológico, que apenas cumpre seu papel de fecundador e às vezes nem é conhecido pelo filho. Em lugar desse, há o pai adotivo, que cria o filho desde os primeiros momentos, e por isso torna-se o verdadeiro pai. Existe também o pai emprestado, que geralmente é um parente muito mais participativo na vida do filho do que o próprio pai, e isso por razões até justificáveis, como, por exemplo, quando o verdadeiro pai é incapaz fisicamente.

Temos também o pai postiço, fruto dos divórcios; nesse caso arma-se quase sempre uma confusão na mente do filho, pois o verdadeiro pai não é o que está em casa. Há o pai ausente, que todo dia vem para casa, sustenta a família, mas relaciona-se muito pouco com os filhos, geralmente o mínimo necessário.



E outros tipos comuns são: o pai onipotente, que decide tudo pelo filho; o pai onipresente, que sufoca o filho, intrometendo-se em todas as áreas da sua vida; e o pai onisciente, que sabe tudo e não deixa o filho pensar.
Mas há um tipo de pai ideal, aquele que todos gostaríamos de ter (ou de ser). Este modelo de pai pode ser encontrado na Bíblia.

É o pai que ensina ao filho o caminho em que deve andar (Pv.22:6). Aliás, que ensina durante o caminhar, e mesmo ao deitar e ao levantar e, portanto, ensina pelo exemplo (Dt.6:6-9). É o pai que ama o filho e busca fazer-lhe sempre o bem (Sl.103:13,14). É o pai que sustenta o filho condignamente (Mt.7:9-11). É o pai que sofre pelo filho e intercede por ele (Jó 1:5;Lc.9:37-39). É o pai que cria o filho na disciplina e no enco-rajamento cristãos; que exerce o direito de punição sem, contudo, despertar o ressentimento e a rebeldia do filho – a justiça limitada pelo amor (Ef.6:4;Cl.3:21;Hb.12:5-11).

Como o mundo seria diferente se os pais fossem assim. Os filhos seriam pessoas equilibradas, sem desajustamentos; seriam cidadãos corretos, respeitadores da lei e da ordem; e seriam uma – uma descendência consagrada ao Senhor (Ml.2:15).

Pr. Sylvio Macri

Pastor da IB Central de Oswaldo Cruz-RJ