Pornografia avança nos lares

As operadoras de TV a cabo Net e Sky divulgaram recentemente alguns dados acerca do acesso dos assinantes de TV por assinatura aos canais que exibem sexo explicito. Os dados são preocupantes.

Segundo a pesquisa, onde foram ouvidas 1.074 pessoas, os que assistem esse tipo de “programa”, são homens (74%), casados (76%), têm curso superior ou pós-graduação (63%), vivem bem (57% são da classe A, e 31%, da B) e já passaram dos 31 anos de idade (76%). Segundo dados, esses canais estão presentes em 200 mil lares.

Outros dados surpreendentes da pesquisa: 54% dos casados são casados há mais de dez anos; 70% dos assinantes têm filhos, e, desses, 57% possuem filhos com mais de 18 anos.

Metade dos assinantes desses canais tem o hábito de assistir ao canal com a mulher ou o marido. A outra metade, que vê sozinha, é na maioria homem (60%). 47% assistem esses canais no quarto, 38% na sala de estar e, pasmem, 3% dos assinantes têm ponto do quarto dos filhos.

São dados concretos (sem contar com os acessos à sites pornográficos na internet, vídeos, revistas e shows ao vivo) que dão dimensão acerca de um câncer que está instalado em milhares de pessoas, famílias e casais. Referimo-me ao câncer do vício sexual, da compulsão por parte de uma pessoa em visualizar cenas de sexo. Uma dependência que está impregnada na vida de milhares de pessoas.

O vício sexual pode atingir homens casados, solteiros, jovens, idosos, ricos e pobres. Embora, na sua maioria, os dependentes sejam homens, muitas mulheres também convivem com esse problema.

Mas são os homens os que travam essa batalha mais arduamente. Como escreveram Stephen Arterburn e Fred Stoeker, no livro “A batalha de todo homem” (Editora Mundo Cristão), é uma luta diária onde é preciso treinar os olhos, a mente e o coração. Um livro que deveria ser lido por todos os homens que desejam viver uma vida sexual pura.

Podemos afirmar também que a compulsão por sexo pode atingir a todos, inclusive, líderes religiosos. Mark Laaser, autor do livro “O pecado secreto” (Editora Luz e Vida), afirma que cadeias de hotéis pesquisaram o consumo de pornografia na televisão nos quartos e relataram que ele aumenta durante as convenções cristãs. H.B. London Jr., diretor do departamento pastoral da “Focus on the Family”, instituição americana que trabalha com famílias, afirma que o vício sexual é um dos problemas mais graves entre pastores e este presente em muitas famílias cristãs.

O vício sexual deve ser encarado como uma dependência, tal como o alcoolismo. Seu tratamento requer, na maioria das vezes, apoio terapêutico, além de se travar uma batalha no campo espiritual. Mas para chegar a esse estágio é preciso que se reconheça pessoalmente a dificuldade nessa área.

Temos aconselhado pessoas que convivem com essa dependência terem ao lado um mentor, um conselheiro que o apóie e o ajude na luta diária e quem deva prestar contas.

O sexo é um dom de Deus, mas o Diabo o deturpou e o vício sexual, dentre muitos, é uma dessas deturpações.

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Por: Gilson Bifano
Fonte: http://www.clickfamilia.org.br