A eficácia da oração

A oração é o instrumento que o Pai disponibiliza para dialogarmos com Ele. É impressionante o valor da oração. Igualmente a sua eficácia. Enseja intimidade com o nosso Criador e Redentor em Cristo Jesus. Ela produz quebra de sistemas, esquemas e movimentos deste mundo. Deve ser sempre feita na vontade do Senhor revelada nas Escrituras (1 João 5.14,15). Neste texto de João está a sua eficácia comprovada. A oração tem o poder de destruir as coisas más e construir as coisas boas. Ela edifica o povo de Deus. Deus se agrada da oração dos Seus filhos. 

Ele tem prazer ao ver Seus filhos O buscarem com quebrantamento e contrição, de todo o coração (Salmos 51.17; Jeremias 29.13). Os filhos de Deus devem ter um imenso prazer, deleite em orar. O ato de buscar o Senhor revela o reconhecimento de nossas profundas limitações e carências e, ao mesmo tempo, o Seu poder em agir soberanamente. A oração se caracteriza pela dependência de Deus e pela interdependência, ou seja, a dependência mútua, na comunhão fraterna. A prática da oração é salutar, isto é, traz saúde para o cristão, sua família e Igreja – o Corpo vivo de Cristo (1 Co 12.12-31).


Na oração temos o prazer da intimidade com Deus. Nesta relação somos tratados e encorajados na caminhada cristã. Neste relacionamento com o Deus Pai, somos desafiados a viver como filhos obedientes. A prática do diálogo com o Senhor é sempre salutar e enriquecedora. Aquele que se inclina diante do Senhor tem o privilégio de receber DELE as orientações devidas para o viver cristão. Há uma relação íntima entre o ato de orar e o exercício da soberania de Deus. Isto significa dizer que Deus nos responde segundo o Seu querer. Na verdade, a busca da vontade de Deus deve ser caracterizada pela fé, confiança e pelo contentamento. Sabemos, pela Palavra, que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11.6). A resposta da petição será caracterizada pelo contentamento, pela profunda alegria de entender a vontade do Pai. Que formemos grupos de oração nos lares, na Igreja, nos ambientes de trabalho e na escola. Oremos sem cessar. Oremos intensa e apaixonadamente. A oração é a chave do avivamento. Ela abre portas fechadas. Dobremos nossos joelhos em oração cheios de amor pelas pessoas sem Cristo e por todos os que estão afastados e excluídos da Igreja do Senhor. Oremos intensamente pelos enfermos, pois a oração da fé salvará o doente (Tiago 5.14,15).

Temos ciência de que oração é adoração, gratidão, confissão, intercessão e petição. Nela lembramos dos outros em primeiro lugar, pois a oração é altruísta. Na verdade, ela é um serviço que prestamos a Deus e ao próximo. A nossa relação com o Senhor por meio da intercessão deve ter o traço da humildade. Nela, reconhecemos as nossas fraquezas e a plena fortaleza do Senhor. A nossa incapacidade e a total capacidade DELE. As nossas imperfeições e a perfeição DELE. Na vida de oração somos constantemente oxigenados pelo Espírito Santo. É este mesmo Espírito que nos assiste em nossas fraquezas, pois não sabemos como pedir. Ele intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26,27).

Somos desafiados a um compromisso inadiável com a vida de busca intensa pelo Senhor. O nosso interesse é agradar o Senhor. A nossa motivação é Ele mesmo. A nossa alegria deve estar sempre NELE. Ele é a nossa segurança. NELE nos movemos. Ele nos conduz para a Sua glória. Aliás, Ele é glorificado quando somos obedientes, especialmente na vida de oração. Na obediência, o caos se torna obra esplêndida. Ele faz novas todas as coisas em Jesus Cristo, o nosso Sumo Sacerdote. Deus, o Pai, é a fonte e o alvo da oração; o Filho é o meio e o Espírito Santo é o poder. A oração pode quebrar o status quo. Como declara Jaques Ellul, filósofo cristão francês, “a oração mantém unidos os fragmentos destruídos da criação. É ela que torna a história possível”. A oração é altamente eficaz.

Não podemos prescindir de uma vida de comunicação criativa com o Senhor, de constante busca pela ação DELE na História. Devemos interceder pelas autoridades, pelos líderes de organizações, por homens e mulheres que ocupam relevância nos cenários nacional e internacional, pelos enfermos, pobres e miseráveis. Não nos esqueçamos de interceder pela vitimas de maus tratos, pelos injustiçados, pelos dependentes químicos, pelas prostitutas, lésbicas e homossexuais, pelos mendigos, pelos profissionais de saúde, pelos policiais, pelos professores e tantos outros que carecem de nossas orações. Devemos nos importar com os que sofrem. Que a mesma pessoa que ora seja também instrumento de transformação do caos. Busquemos o Senhor sem cessar. Tenhamos o privilégio e a responsabilidade de orar no Espírito. Que a pregação, o ensino, o evangelismo pessoal e a ação social sejam regados com oração sincera e eficaz. Se desejamos fazer toda a diferença neste mundo ‘que jaz no maligno’ (1 João 5.19), precisamos urgentemente orar. Intercedamos a Deus por nossas famílias, nossas Igrejas e as instituições dos que servem em amor. A oração do justo pode muito em sua eficácia (Tg 5.16). Que a nossa oração seja dia após dia relacionamento sincero com o Senhor que era, que é e que há de vir (Ap 1.8), o Deus Todo Poderoso.

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Pastor da Segunda Igreja Batista em Barra Mansa – RJ
Fonte: www.adiberj.org